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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Pauta ATPC


E.E.PROF. OCTACÍLIO ALVES DE ALMEIDA
Pauta ATPC 25/09/2012
Atendimento aos pais
Recados da Direção
Cursos e concursos
Escolha da redação para o concurso da TV Tem
Pré-conselho dia 02/10 na ATPC
Leitura:

O ANEL
            - Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que sou lerdo e muito idiota. O que posso fazer para que me valorizem?
            O professor sem olhá-lo disse:
            - Sinto, muito meu jovem, mas não posso lhe ajudar, devo primeiro resolver meu problema.  Depois de uma pausa, sugeriu:
            Se você me ajudasse, eu poderia resolver logo este problema e depois talvez possa lhe ajudar.
            -Cla- claro, professor- gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.
            Este tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse: - Monte no cavalo e vá até o mercado. Venda este anel pois tenho de pagar uma dívida. É preciso que obtenha por ele o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte o mais rápido possível.
            O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, ofereceu o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o preço do anel. Ao mencionar uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para o jovem, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar  o jovem, ofereceram uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o rapaz seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro.
            Depois de oferecer a jóia a todos os que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. Desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel e livrar assim o professor da preocupação, podendo receber ajuda e conselhos.
            Entrou na casa e disse: - Professor, sinto muito mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez vender por 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar alguém sobre o valor do anel.
            - Importante o que disse, um jovem- contestou sorridente. – Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para informar o valor exato do anel? Diga que quer vender e pergunte quanto ele pode dar. Mas não importa o quanto ele lhe ofereça, não o venda...Volte aqui com o meu anel.
            O jovem deu o anel ao joalheiro. Este examinou-o com uma lupa, pesou e disse: - Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
            - 58 moedas de ouro!!! – exclamou o jovem.
            - Sim- replicou o joalheiro. – E sei que, com tempo, poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...
            O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o ocorrido.
            - Senta- disse o professor, que depois de ouvir tudo o que o jovem tinha para contar explicou:
            Você é como este anel, uma jóia valiosa e única. E só pode ser avaliado por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir seu verdadeiro valor? Dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. “Ninguém pode lhe fazer sentir inferior sem o seu consentimento”.




ATIVIDADES

Dividir os professores por áreas para analisarem as situações a seguir:

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Um professor, dando uma aula expositiva sobre independência do Brasil, deixou na lousa as seguintes anotações, que deveriam ser registradas pelos alunos em seus cadernos:

1.      Em 1808 a família real chega ao Brasil Colônia e, no mesmo ano, o príncipe regente D. João abre os portos as nações amigas.
2.      Em 1821 o rei D. João volta a Portugal deixando em seu lugar o filho Pedro de Alcântara.
3.      Em 1822 no dia 7 de setembro, as margens do rio Ipiranga, o príncipe Pedro lê as cartas vindas de Lisboa. Em seguida, puxou sua espada e bradou: Independência ou Morte. Assim se fez a independência do Brasil.

Depois disso, o professor  anunciou que o próximo item do programa, na aula seguinte seria a constituição de 1824.

Questões
Podemos facilmente identificar diferentes inadequações na forma de desenvolvimento do conteúdo por parte desse professor. Mas, na perspectiva de um ensino pautado pela contextualização, quais são as falhas que o professor comete? Quais são as conseqüências que isso pode trazer para a formação dos alunos?


LINGUAGEM, CÓDIGO E SUAS TECNOLOGIAS

Numa sala de 1º ano, um professor de Língua Portuguesa trabalha com funções da linguagem. Com o apoio de um livro didático, explica cada uma delas e depois propõe que os alunos realizem os exercícios sugeridos pelo livro, cujo objetivo é identificar em textos integrais ou em fragmentos, qual a função da linguagem predominante. Um desses textos é uma propaganda da SAMELLO, reproduzida, tal como aparece no livro

PENSANDO BEM, A SAMELLO NÃO EVOLUIU NOS ÚLTIMOS 63 ANOS. ELA CONTINUA FAZENDO SAPATOS À MÃO

Durante a correção dos exercícios, este texto foi um dos que gerou dúvidas: os alunos não conseguiam entender como aquela propaganda usava a linguagem apelativa, ou seja, se a marca quer estimular a compra do seu produto como pode admitir que, em 63 anos, ela não evoluiu? Isso seria uma contra-propaganda?

Considerando o relato, discuta:

1)      Qual a(s) razão (ões)  das dúvidas dos alunos?

2)      Que conhecimento seriam necessários para que os alunos compreendessem o caráter apelativo do texto?

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